Homotoxicologia

A homotoxicologia, desenvolvida pelo médico alemão Hans-Heinrich Reckeweg, é um conceito científico subjacente à medicina anti-homotóxica. É uma forma diferente de abordar o paciente e sua doença.

Na medicina convencional o conceito de “terreno do paciente” é desconhecido, e portanto, com freqüência parece que trata-se o paciente unicamente pelos sintomas que apresenta.

De fato, a homotoxicologia é um conceito facilmente compreensível, tanto para o médico da medicina não convencional como para o médico da medicina convencional. Embora às vezes pareça que ambos os tipos de medicina são opostos, atualmente vemos que os médicos com formação convencional abrem se cada vez mais à medicina anti-homotóxica e os homeopatas estão vinculados de maneira menos estrita à terapia clássica unicista. Isso deve-se aos avanços da biologia molecular, que fazem com que seja mais evidente o mecanismo de ação da medicina anti-homotóxica.

O Dr. Reckeweg realmente estabeleceu uma ponte entre a alopatia e a homeopatia, e desta forma, criou uma plataforma integradora que abre caminho com facilidade à prática médica diária.

Muitos aspectos da medicina anti-homotóxica são diferentes da medicina convencional. Embora com freqüência utilize-se a mesma terminologia, referem-se a temas diferentes. Portanto, é importante compreender bem o que significam saúde e doença em homotoxicologia.

Na homotoxicologia, as causas da doença são vistas como homotoxinas. O fato de que com o tempo o paciente evolui ou de que o tipo de doença mude na tabela é muito importante, porque dirigirá nossa decisão de como tratar o paciente e que medicação é adequada para fazê-lo de uma maneira homotoxicologicamente correta.

O termo Homotoxicologia é formado por três palavras: “homo” que significa ser humano, “tóxico” que provém de toxina ou veneno, e finalmente “logia” que provém do grego “logos”, que significa estudo.

Em resumo, podemos descrever a homotoxicologia como o estudo da influência das substâncias tóxicas sobre os seres humanos. Em homotoxicologia estudamos como a presença de homotoxinas influirá sobre as funções da célula e através destas, sobre as funções de todo o organismo humano. A reação ou o bloqueio dos mecanismos de defesa contra a homotoxina definirá a situação clínica em que se encontra o paciente. Os sintomas são a expressão da intenção do organismo em eliminar as toxinas.

Como a abordagem em homotoxicologia continua sendo clínica, se tem pesquisado sobre o modo de ação deste tipo de medicamentos. A homotoxicologia está muito relacionada com a medicina convencional e é muito valorizada por médicos convencionais de “mente aberta”, porque os mecanismos de ação dos medicamentos anti-homotóxicos podem ser explicados através dos modelos de biologia molecular desta medicina convencional. Por outro lado, e ao contrário do que ocorre com os medicamentos alopáticos, a maioria dos medicamentos anti-homotóxicos contém micro doses ou nano doses de componentes ativos e, portanto não são tóxicos. A escassez de efeitos secundários e de contra-indicações, a ausência de interações medicamentosas e sua segurança e eficácia fazem com que a homotoxicologia classifique-se como uma terapia “suave”. Desta maneira, a homotoxicologia constitui uma ponte entre a medicina convencional e a homeopatia. Esta ponte refere-se ao sólido diagnóstico da medicina convencional e ao tratamento suave e não tóxico da terapia anti-homotóxica. Do ponto de vista homotoxicológico, a doença é produzida pela reação do corpo diante da presença de homotoxinas prejudiciais. O que reconhecemos como sintomas clínicos da doença é o resultado da reação do sistema à ameaça.

Isto significa que a doença não é a presença de sintomas por si só, mas que estes somente devem ser vistos como uma demonstração de uma atividade de defesa contínua.

Enquanto se considere os sintomas clínicos somente como uma ameaça para a qualidade de vida do paciente e todo o tratamento vise à eliminação destes sintomas, os resultados serão superficiais e na realidade estaremos comprometendo a longo prazo a saúde do paciente.

Um tratamento bioterapêutico leva em conta as homotoxinas causadoras da enfermidade e mediante a estimulação do próprio sistema de defesa do corpo, irá atuar sobre as causas reais da doença. A bioterapia sempre é um tratamento regulador e não um tratamento supressor.